sábado, 25 de agosto de 2012


Amar é como uma droga. No começo vem asensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou,mas gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada durante dois minutos e esquece por três horas.
Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas, e esquece por dois minutos. Se ela não está perto,você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Nestemomento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você estádisposto a fazer qualquer coisa pelo amor.

Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei - Paulo Coelho


- Lembra da primeira pergunta que lhe fiz?
- “O que é um louco?”
- Exatamente. Desta vez vou lhe responder sem fábulas: a loucura é a incapacidade de comunicar suas ideias. Como se você estivesse num país estrangeiro - vendo tudo, entendendo o que se passa a sua volta, mas incapaz de se explicar e de ser ajudada, porque não entende a língua que falam ali.
- Todos nós já sentimos isso.
- Todos nós, de um jeito ou de outro, somos loucos.

Paulo Coelho - Veronika Decide Morrer


- Já vi uma mulher com um vestido vermelho decotado, os olhos vidrados, andando pelas ruas de Lubljana quando o termômetro marcava 5º abaixo de zero. Achei que ela estava bêbada e fui ajuda-la, mas ela recusou o meu casaco.
- Talvez, em seu mundo, fosse verão; e seu corpo estivesse quente pelo desejo de alguém que a esperava. Mesmo que esta outra pessoa existisse apenas em seu delírio, ela tem o direito de viver e morrer como quiser, não acha?

Veronika Decide Morrer - Paulo Coelho


“Nora não conseguia tirá-lo da cabeça. Sua presença a amedrontava, todos os seus sentidos davam sinal de alerta, perigo. Mas a presença dele se impunha em sua mente.”


Sussurro - Becca Fitzpatrick

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Alessandro não falou nada. Em vez disso, estendeu a mão e acariciou meu rosto como fizera naquele dia na Fontebranda e dessa vez eu entendi exatamente o que queria dizer. Tivéssemos ou não sido verdadeiramente amaldiçoados e houvéssemos ou não quitado nossa dívida agora, ele era minha benção e eu era a sua, e isso era o bastante para desarmar qualquer míssel que o destino - ou Shakespeare - ainda tivesse a tolice de lançar conta nós.

Julieta - Anne Fortier


Parada ali, de repente compreendi por que eu fora atormentada a vida inteira pelo medo de morrer jovem. Toda vez que tentava imaginar meu futuro além da idade que minha mãe tinha ao morrer, não via nada além de escuridão. Só então aquilo fez sentido. A escuridão não era a morte, mas a cegueira; como eu poderia imaginar que iria despertar, como quem desperta de um sonho, para uma vida que eu nunca soubera que existia?

Julieta - Anne Fortier 


Ele sempre soube que ela era diferente, mas ele sempre se sentiu um pouco diferente também. Talvez eles pudessem ser diferentes juntos.

A Garota Da Capa Vermelha - Sarah Blakley-Cartwright


Seria isso o casamento, uma incapacidade para perceber quem a pessoa é, assim como não conhecemos a nós mesmos por estarmos próximos demais?

A Garota da Capa Vermelha - Sarah Blakley-Cartwright

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Só me lembro dos olhos do homem que se recusou a me perder de novo e que me arrancou das garras do Bardo, para podermos enfim escrever nosso final feliz.

Julieta – Anne Fortier


Olhe para mim! – implorou – Olhe para mim, Giulietta!

Julieta – Anne Fortier


Quanto terei caído? Minha vontade é dizer que despenquei pela própria extensão do tempo, atravessando vidas, mortes e séculos passados, mas, em termos de medidas reais, a queda não passou de uns quatro metros e meio. É o que dizem pelo menos. Dizem também que, para minha sorte, o que me acolheu no mundo subterrâneo não foram rochas nem demônios. Foi o antigo rio que nos desperta dos sonhos e que poucos tiveram permissão de encontrar.
O nome dele é Diana.

Julieta – Anne Fortier

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


“— Fuja comigo! — ele repetiu as palavras, com um sorriso sincero, pleno e obscuro, daquela forma terrível dele, embora suas ações fossem discretas, como se não houvesse consequências. Ela queria fazer parte de seu mundo menos agitado.”

A Garota Da Capa Vermelha - Sarah Blakley-Cartwright


“Só eles existiam. Nada mais em lugar nenhum. Valerie sabia que jamais poderia viver longe dele; sabia que era o que ele era e que seria dele para sempre.”


A garota da capa vermelha - Sarah Blakley-Cartwright

domingo, 5 de agosto de 2012


 “Olhei para tudo à minha volta, menos para ele. Alessandro estava usando uma daquelas sungas europeias mínimas, mas essa era a única coisa mínima a seu respeito. Sentado ali, à luz do fim de tarde, parecia feito de bronze; seu corpo praticamente reluzia e era óbvio que fora esculpido por alguém intimamente familiarizado com as proporções ideais do corpo humano.”


Julieta – Anne Fortier


“Nunca saberei quanto tempo durou nosso beijo. Foi um daqueles momentos que nenhum cientista jamais consegue reduzir a números, por mais que se empenhe. só sei que, quando enfim o mundo voltou rodopiando, vindo de algum lugar agradavelmente distante tudo estava mais luminoso do que antes e valia mais a pena. Foi como se todo o cosmos houvesse passado por uma reforma exorbitante desde a última vez que eu o olhara… Ou talvez eu nunca tivesse olhado direito.”


Julieta - Anne Fortier